O atacante Adebayor, do Manchester City e principal estrela do grupo, afirmou à rádio France Info que a seleção jogará em homenagem ao assistente-técnico Abalo Amelete e ao assessor de imprensa Stan Ocloo, que morreram no ataque da guerrilha separatista angolana Frente de Libertação do Enclave de Cabinda (Flec) ao ônibus que levava a delegação.
- Decidimos ficar por eles. Se voltássemos, seriamos covardes. Aquelas pessoas que morreram ficarão nas nossas memórias para sempre. Poderia ter sido um de nós. Não vamos abandoná-los - comentou Adebayor.
Em declarações ao site do jornal esportivo francês "L'Equipe", o meio de campo Romao explicou que os jogadores se reuniram e decidiram entrar em campo nesta segunda, na estreia contra Gana, em Cabinda.
- Pessoas morreram por conta desta Copa Africana de Nações e outras estão feridas. Ficamos aqui por causa deles, mas também para que os rebeldes não fiquem por cima - ressaltou.
O Governo do Togo pediu a volta da delegação e reforçou a solicitação ao saber que os jogadores resolveram ficar.
Romao disse que se o ataque tivesse sido a uma seleção de mais nome como Costa do Marfim ou Camarões, ou se um jogador como o atacante camaronês Eto'o tivesse levado um tiro, a competição seria suspensa imediatamente.
O meia também se irritou com a demora na confirmação das mortes na delegação, somente 13 horas após o incidente, e que o goleiro reserva Kadja também teria perdido a vida, o que acabou desmentido. Kadja está em um hospital de Johanesburgo, internado com uma lesão neurológica grave.
A competição começa neste domingo em Luanda com o confronto entre Angola e Mali, pelo grupo A. A estreia do Togo está marcada para o dia seguinte, contra Gana.
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